A I N D Ú S T R I A D A R E C I D I V A
Uma terapia correta à base de antibióticos, necessita de um tempo certo tanto quanto ao número de dias em que deve ser administrado, quanto aos intervalos de administração. Para menos poderemos ter a recidiva cujas consequências são imprevisíveis, podendo uma infecção voltar de forma mais grave e perigosa, alem da resistência ao medicamento. Para mais, poderá surgir a chamada superinfecççao dando origem a microorganismos oportunistas.
A lucrativa Indústria Farmacêutica está habituada a colocar nas cartelas, uma quantidade sempre menor do que o mínimo necessário para uma antibioticoterapia adequada. Com isso economizam matéria prima, royaltes, impostos, embalagens, e ainda lucram com a necessidade do paciente comprar novamente o medicamento pelo retorno da infecção.
Medicamentos à base de amoxicilina que normalmente nunca devem ser administrados por menos de 10 dias, e raramente acima de 15 dias, já estão resistentes, porque as embalagens oferecem tratamento para apenas 7 dias, inclusive as distribuídas em postos de saúde.
Esta já antiga resistência pelo uso inadequado, incentivado pela posologia sugerida na bula do medicamento, deu origem à associação com uma substância chamada Clavulanato, extremamente cara para os padrões médios de nossa população, cuja apresentação também é menor do que o mínimo necessário para o combate da maioria das infecções, que certamente criará resistência no futuro.
A Azitromicina com embalagens de 3 comprimidos, que deveria ser para complementar algum tratamento mais longo, descaradamente orienta em sua bula, a administração de apenas 3 dias para a maioria das infecções de seu espectro de ação, o que é um crime contra a saúde pública. A recidiva é quase certa e a resistência no futuro é altamente provável. Seja qual for o tipo de infecção, é inadmissível o uso de azitromicina por menos de 5 dias.
Um tratamento para combater o Helicobacter pylorum, um microorganismo que perpetua as úlceras pépticas, necessita da associação de quatro medicamentos, incluindo 2 tipos de antibióticos cujo tratamento deveria ser no mínimo de 10 dias. Cada caixa custa em torno de 150 reais, preço totalmente injustificável, pois trata-se de associações que à muito entraram em domínio público, isento de royaltes ou direitos de pesquisa. Para aumentar a lucratividade, as embalagens contém cartelas para apenas 7dias, deixando duas alternativas para o paciente: ou compra outra caixa gastando uma fortuna, ou se submete a uma provável recidiva. Qualquer das duas alternativas entra no jogo da obsessão da Indústria Farmacêutica em obter lucro a qualquer custo.
Tornar público essas informações, é a única esperança que me resta para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tome providências para eliminar a “INDÚSTRIA DA RECIDIVA”, cuja Ouvidoria que é surda e muda, não ouve e não responde, e a Agência não toma providências, uma vez que há mais de 5 anos e, por diversas vezes, estou alertando para este problema sem obter sequer uma resposta, nem que fosse para contestar o que estou informando.
Dr. MOISES ELI MAGRISSO
Clínico Geral e Médico do Trabalho
CREMERS 8708
Uma terapia correta à base de antibióticos, necessita de um tempo certo tanto quanto ao número de dias em que deve ser administrado, quanto aos intervalos de administração. Para menos poderemos ter a recidiva cujas consequências são imprevisíveis, podendo uma infecção voltar de forma mais grave e perigosa, alem da resistência ao medicamento. Para mais, poderá surgir a chamada superinfecççao dando origem a microorganismos oportunistas.
A lucrativa Indústria Farmacêutica está habituada a colocar nas cartelas, uma quantidade sempre menor do que o mínimo necessário para uma antibioticoterapia adequada. Com isso economizam matéria prima, royaltes, impostos, embalagens, e ainda lucram com a necessidade do paciente comprar novamente o medicamento pelo retorno da infecção.
Medicamentos à base de amoxicilina que normalmente nunca devem ser administrados por menos de 10 dias, e raramente acima de 15 dias, já estão resistentes, porque as embalagens oferecem tratamento para apenas 7 dias, inclusive as distribuídas em postos de saúde.
Esta já antiga resistência pelo uso inadequado, incentivado pela posologia sugerida na bula do medicamento, deu origem à associação com uma substância chamada Clavulanato, extremamente cara para os padrões médios de nossa população, cuja apresentação também é menor do que o mínimo necessário para o combate da maioria das infecções, que certamente criará resistência no futuro.
A Azitromicina com embalagens de 3 comprimidos, que deveria ser para complementar algum tratamento mais longo, descaradamente orienta em sua bula, a administração de apenas 3 dias para a maioria das infecções de seu espectro de ação, o que é um crime contra a saúde pública. A recidiva é quase certa e a resistência no futuro é altamente provável. Seja qual for o tipo de infecção, é inadmissível o uso de azitromicina por menos de 5 dias.
Um tratamento para combater o Helicobacter pylorum, um microorganismo que perpetua as úlceras pépticas, necessita da associação de quatro medicamentos, incluindo 2 tipos de antibióticos cujo tratamento deveria ser no mínimo de 10 dias. Cada caixa custa em torno de 150 reais, preço totalmente injustificável, pois trata-se de associações que à muito entraram em domínio público, isento de royaltes ou direitos de pesquisa. Para aumentar a lucratividade, as embalagens contém cartelas para apenas 7dias, deixando duas alternativas para o paciente: ou compra outra caixa gastando uma fortuna, ou se submete a uma provável recidiva. Qualquer das duas alternativas entra no jogo da obsessão da Indústria Farmacêutica em obter lucro a qualquer custo.
Tornar público essas informações, é a única esperança que me resta para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tome providências para eliminar a “INDÚSTRIA DA RECIDIVA”, cuja Ouvidoria que é surda e muda, não ouve e não responde, e a Agência não toma providências, uma vez que há mais de 5 anos e, por diversas vezes, estou alertando para este problema sem obter sequer uma resposta, nem que fosse para contestar o que estou informando.
Dr. MOISES ELI MAGRISSO
Clínico Geral e Médico do Trabalho
CREMERS 8708
Parabéns Dr. Moises Eli , pela sua coragem e ética. Em denunciar essa indústria farmacêutica da recidiva. Que com certeza ameaça nossas vidas!
ResponderExcluirSei que esse seu artigo é de 2011. Espwr
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